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Aplicações Biológicas na Coluna: O Que São, Para Quem Servem e Quais os Limites

  • Foto do escritor: Dr.Bondan
    Dr.Bondan
  • 29 de jun.
  • 4 min de leitura

Nos últimos anos, pacientes com dor crônica na coluna têm buscado alternativas menos invasivas para evitar cirurgias. Nesse cenário, surgem com cada vez mais frequência perguntas sobre PRP (plasma rico em plaquetas), aspirado de medula óssea e ácido hialurônico facetário — terapias biológicas que prometem regenerar ou aliviar tecidos comprometidos.

Mas será que essas técnicas realmente funcionam? Existe evidência científica para o uso delas na coluna vertebral? Em quais casos podem ser consideradas? E quando, na prática médica, elas são de fato indicadas?

Neste texto, você terá respostas diretas, baseadas em ciência, sem falsas promessas e com respeito pela complexidade da dor crônica. Clique aqui agora e agende sua consulta com especialista.

O que são as terapias biológicas aplicadas à coluna?

As terapias biológicas ou ortobiológicas são abordagens que usam substâncias do próprio corpo ou derivados biocompatíveis com o objetivo de estimular a regeneração de tecidos, modular a inflamação ou aliviar sintomas.

Entre elas, destacam-se:

🔹 PRP – Plasma Rico em Plaquetas

Obtido a partir do sangue do próprio paciente, centrifugado para concentrar fatores de crescimento. Pode ser injetado em músculos, articulações facetárias ou discos intervertebrais.

🔹 Aspirado de Medula Óssea

É um material colhido da medula óssea do paciente (geralmente da crista ilíaca), que contém células-tronco mesenquimais e outros fatores bioativos. O objetivo é estimular regeneração local, especialmente em tecidos discais ou articulares.

🔹 Ácido Hialurônico Facetário

Aplicado diretamente nas articulações da coluna (facetas), com o intuito de lubrificar, reduzir atrito e dor articular, semelhante ao que se faz no joelho com artrose.

Essas substâncias são aplicadas geralmente com auxílio de imagem — como a radioscopia ou a tomografia — para garantir precisão no local correto.

Onde essas aplicações podem ajudar?

Embora os estudos ainda estejam em andamento, algumas aplicações podem trazer benefícios sintomáticos em pacientes com dor crônica da coluna, especialmente:

  • Dor facetária crônica, em que há artrose leve a moderada, sem instabilidade;

  • Síndrome discogênica, quando há dor no disco intervertebral sem hérnia significativa e sem compressão neural;

  • Dores residuais pós-fusão ou pós-operatórias, sem déficit neurológico;

  • Pacientes que não querem ou não podem fazer cirurgia, mas desejam tentar medidas adicionais para controle da dor.

O que a ciência diz até agora?

Apesar do grande apelo comercial, ainda faltam evidências robustas para essas técnicas na coluna. A maior parte dos estudos disponíveis:

  • É de pequeno porte, com amostras reduzidas;

  • Apresenta alta variabilidade nos métodos (doses, locais de aplicação, protocolos de preparo);

  • Tem resultados mistos: alguns pacientes relatam alívio parcial, outros não sentem diferença.

Nenhum desses procedimentos é atualmente considerado padrão ouro. Eles não substituem fisioterapia, reabilitação, nem cirurgia em casos indicados.

Ou seja: são opções complementares, e não curativas.

Quando NÃO são indicadas?

As terapias biológicas não devem ser realizadas em pacientes com:

  • Dor com irradiação nervosa (como ciática, cervicobraquialgia);

  • Déficits motores ou sensitivos (fraqueza, formigamento, perda de reflexos);

  • Instabilidade vertebral grave;

  • Hérnias volumosas com compressão radicular confirmada;

  • Estenose de canal central importante;

  • Mielopatia ou síndrome da cauda equina.

Nestes casos, o problema é estrutural, potencialmente cirúrgico ou neurológico, e qualquer alívio proporcionado por terapias biológicas seria temporário e potencialmente perigoso se atrasar o tratamento definitivo.

E quando podem ser consideradas?

As aplicações com PRP, aspirado de medula óssea ou ácido hialurônico podem ser consideradas de forma individualizada, em casos como:

  • Pacientes com dor lombar ou cervical persistente sem irradiação nem déficit neurológico;

  • Quando os exames de imagem mostram artrose facetária ou alterações discais sem compressão;

  • Após falha de tratamentos conservadores tradicionais (analgésicos, fisioterapia, RPG, infiltrações);

  • Em pessoas que já passaram por cirurgia e ainda têm dor residual crônica, mas sem novas indicações cirúrgicas;

  • Em idosos com comorbidades, onde a cirurgia representaria mais riscos que benefícios;

  • Quando o paciente tem ciência dos limites da técnica e não busca uma “cura milagrosa”, mas um alívio possível.

Autenticidade, clareza e respeito ao paciente

Como médicos especialistas em coluna, nós somos responsáveis por orientar o paciente com honestidade.Não prometemos o que a ciência ainda não comprovou.Mas também não ignoramos as dores reais de quem já tentou de tudo.

Existem pacientes que não suportam mais a dor, mas também não querem (ou não podem) operar.Para essas pessoas, uma tentativa consciente, com consentimento informado, pode ser válida.

Mas é nosso dever dizer que isso não é regeneração garantida. É uma tentativa de alívio. É um passo possível. Nunca o primeiro. Nunca sem avaliação.

Avaliação com médico especialista em coluna

Antes de pensar em qualquer aplicação biológica na coluna, faça uma consulta com um especialista.Entenda a origem da sua dor. Faça os exames corretos. Seja orientado com base no que a medicina realmente sabe.

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Conclusão

PRP, aspirado de medula óssea e ácido hialurônico facetário são possibilidades — não promessas.Eles devem ser tratados como o que são: recursos complementares, para casos específicos, com base em análise técnica e individualizada.

Não há atalhos na medicina. Mas há caminhos mais leves. E mais seguros. Clique aqui agora e agende sua consulta com especialista.

 
 
 

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